Parte do terreno do Gasômetro foi
adquirido para construção de um terminal rodoviário.
O impasse financeiro continua entre Flamengo e Caixa Econômica Federal pelo terreno do Gasômetro, local visto como ideal pelo clube para a construção de seu estádio. Mas o Rubro-Negro tem como argumento o valor por metro quadrado cobrado pelo próprio banco junto à prefeitura do Rio de Janeiro na Justiça, por uma área no mesmo local onde construiu o terminal rodoviário Gentileza.
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Inicialmente houve uma confusão na divulgação do tamanho da área. Em seu site oficial, a prefeitura informa que gastou R$ 40,8 milhões na desapropriação do terreno do Terminal Gentileza, que é de 77 mil metros quadrados. Porém, um documento do Fundo de Investimento Porto Maravilha, administrado pela Caixa, mostra que o valor foi só referente a 26.617,03 metros quadrados, como divulgado pelo canal "Mundo Na Bola" no YouTube.
O (ge)
entrou em contato com a prefeitura, que nesta semana respondeu e confirmou que
os R$ 40,8 milhões foram pela fração do terreno que consta no documento. Ainda
segundo ela, os 77 mil metros quadrados citados no site oficial equivalem à
junção com outras duas áreas da região: uma que antes pertencia a uma
cervejaria e outra de uma antiga fábrica de velas.
Landim, Flamengo,
terreno, estádio, carrossel — Foto: Infoesporte
Com a dúvida sanada, é possível calcular quanto a prefeitura pagou no metro quadrado no mesmo terreno que o Flamengo quer construir o estádio: R$ 1.533. O fundo alegou que teve prejuízo pelo valor que vale o terreno e entrou na Justiça cobrando do município mais R$ 12,9 milhões, totalizando R$ 53,7 milhões. Com base nesse valor, o metro quadrado da área sobe para R$ 2.018.
Ou seja, um preço menor do que o Flamengo informou à Caixa que aceita pagar: até R$ 250 milhões pelos cerca de 87 mil metros quadrados restantes do terreno. Considerando o valor máximo, o clube iria desembolsar uma quantia maior pelo metro quadrado: R$ 2.873.
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Trecho do contrato do Porto Maravilha sobre o terreno
do Gasômetro — Foto: Reprodução
O valor que o Flamengo topa
pagar também é maior do que a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
avaliou os 87 mil metros quadrados em 2022, segundo consta no mesmo documento:
R$ 236 milhões. Mesmo corrigindo a quantia para 2024 pelo INCC (Índice Nacional
de Custo de Construção), iria para cerca de R$ 246 milhões, ainda abaixo dos R$
250 milhões.
Curiosamente, em seu balanço divulgado na última quinta-feira, o clube revelou que fechou o ano passado com um valor próximo ao que pretende gastar com o terreno do estádio: "o saldo de caixa ao fim do ciclo 2023 foi de R$ 263 milhões (incluindo o caixa restrito, reservado para projetos incentivados)". Mas vale destacar que o Flamengo gastou R$ 159,2 milhões em reforços no primeiro trimestre de 2024.
Terminal Gentileza na região do Gasômetro — Foto:
Marcelo Piu/Prefeitura do Rio
O impasse surgiu porque a Caixa acredita que o terreno do Gasômetro valorizou nos últimos anos e acredita que os 87 mil metros quadrados restantes da área valem algo próximo dos R$ 400 milhões. As conversas estão paralisadas neste momento. Embora ache a região como ideal para o seu estádio, o Flamengo tem outros dois locais na cidade como "plano B" para a construção.
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