Policiais prenderam seis
suspeitos ao todo e apreenderam celulares de Jair Bolsonaro e Michelle, segundo
apurou a GloboNews. Há ainda 16 mandados de busca; suspeita é de que grupo
tenha agido para fraudar cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e
ajudantes.
(***) Fonte: g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/05/03
Bolsonaro e Mauro Cid – Foto:
Presidência/Alan dos Santos
A Polícia Federal faz buscas na manhã desta quarta-feira (3) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.
Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na Polícia Federal em Brasília.
A operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das "milícias digitais" que já tramita no Supremo Tribunal Federal.
Até as 7h20, policiais seguiam no condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março.
A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", diz a Polícia Federal.
A TV Globo e a GloboNews apuraram que teriam sido forjados os certificados de vacinação:
- do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;
- da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos;
- do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A TV Globo apurou os nomes de quatro dos seis presos:
o coronel Mauro Cid Barbosa,
ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
o policial militar Max Guilherme,
que atuou na segurança presidencial;
o militar do Exército Sérgio
Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;
o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Há, ainda, 16 mandados de busca e apreensão contra 17 alvos:
01. Jair
Bolsonaro;
02. Michelle
Bolsonaro;
03. Mauro
Barbosa Cid;
04. Gabriela
Santiago Ribeiro Cid;
05. Luis
Marcos dos Reis;
06. Farley
Vinicius Alcantara;
07. Eduardo
Crespo Alves;
08. Ailton
Gonçalves Moraes Barros;
09. João
Carlos de Sousa Brecha;
10. Max
Guilherme Machado de Moura;
11. Sergio
Rocha Cordeiro;
12. Marcelo
Costa Câmara;
13. Claudia
Helena Acosta Rodrigues da Silva;
14. Marcelo
Fernandes de Holanda;
15. Marcello
Moraes Siciliano;
16. Camila
Paulino Alves Soares;
17. Guttemberg
Reis de Oliveira.
Quais crimes são investigados?
Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:
- infração de medida sanitária preventiva;
- associação criminosa;
- inserção de dados falsos em sistemas de informação;
- corrupção de menores.
Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:
- infração de medida sanitária preventiva;
- associação criminosa;
- inserção de dados falsos em sistemas de informação;
- corrupção de menores.
Investigação
A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.
A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".
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